sábado, 7 de agosto de 2010

Quando Deus fecha uma porta, certamente abre uma janela...

Todo mundo já ouviu essa frase algum dia. É um lugar comum, eu creio, mas quantos crêem nisso? Quantos vivenciam isso?
Em minha vida já passei por isso muitas vezes  e até perdi a conta. Mas por mais que eu saiba que uma janela vai se abrir, toda vez acabo ficando ansiosa, com medo do meu futuro. È como se as tantas experiências vividas não fossem suficientes para me dar a certeza de que "dias melhores virão".
Tenho me deparado, cada vez mais, com meu lado incrédulo. Sempre soube que eu era um "homem de pouca fé", como disse Jesus a Pedro. Sempre soube que eu não era uma pessoa de muita fé, mas nas situações piores eu acabava crendo (talvez porque não houvesse outra alternativa) e as coisas melhoravam.
Novamente me encontro em uma situação em que a minha frente existe um denso nevoeiro que me impede de ver o que virá adiante de mim. Não sei porque, mas, especialmente nesse momento, tive muita dificuldade de crer que ele se dissiparia, como nas tantas outras vezes em minha vida. Fiquei pensando porquê. Cheguei à conclusão que não tem nada a ver com o tamanho da dificuldade, mas com o momento em que ela se apresentou. Tem a ver com o tempo: Primeiro o tempo que está durando (não que as outras anteriores fossem mais passageiras). Tambémnão é tão longa assim, acho que uns 3 meses, se tanto. Mas tem mais a ver com o MEU tempo. Talvez porque veio depois de um momento de eufria, de muita coisa boa acontecendo de uma vez. tlvez eu tenha me esqueido, por um instante que seja, de que nada é paermanente mesmo. Acho que levei um choque. estava inebriada pela minha felicidade, sorte, boa fase, sei lá. A verdade é que não estava acostumada com tanta coisa boa acontecendo. Acvho que apesar de deslumbrada, não fui muito crédula. Penso que fiquei com um pé atrás, sei lá, como se não merecesse, como se aquilo tudo fosse muito bom para ser verdade. Acho que isso deve ter colaborado para atrair a onda de coisas ruins que se seguiu.
Outro aspecto do tempo é o fato de eu estar me sentindo mais velha. Para dizer a verdade, creio que isso foi o que teve maior impacto sobre mim e sobre minha atitude insegura quanto ao futuro. Quando se é jovem, parece que se tem todo o tempo do mundo para cair e levantar depois. Quando se é mais velho, parece que este tempo é muito curto, insuficiente, e que não teremos tanta oportunidade de levantar novamente.
Na verdade, nada dessas  coisas deveria abalar nossa fé, se já passamos inúmeras vezes pela porta fechada e vimos janelas melhores se abrirem. O fato é que aconteceu comigo e preciso tirar algum aprendizado disso.  É o que estou fazendo nesse momento. Já mais segura quanto ao meu futuro (não que alguma janela tenha se aberto ainda, mas pressinto isso. Achoque minha fé está mais fortaecida pois tenho meditado nessa minha fase temerosa e insegura´. Na verdade, nada mais me resta senão acreditar, como antes. Pois a ação eu já tomei, agora é mesmo esprar que a mão de Deus abra as janelas. Enquanto isso, vou praticando ver a paisagem atraves da janela ainda fechada. Visualizar é muito importante nesse momento e quando a janela se abrir, geralmente a paisagem é bem melhor do que aquela que estivemos imaginando.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

"Que um nasce pra sofrer, enquanto o outro ri". Tim Maia

Penso que o mundo não está dividido em bons e maus como acredita a maioria das pessoas. Não! Na verdade, há os que nasceram pra receber: não se esforçam muito e tudo, ou quase, lhes vêm de mão-beijada. Além disso, possuem um talento, nato é claro, para "sugar". Explico: conseguem sempre dar um jeitinho de as pessoas fazerem coisas pra ele/ela. Muitos se encostam mesmo em um doador - eles sempre reconhecem um doador quando o vêem - e então ficam como sanguessugas mesmo, até que o pobre não tenha mais nada a doar. A maioria das pessoas más podem se encaixar nesse tipo, mas há pessoas boas também aí.


Já os doadores, estes estão sempre dispostos a se doar, e mesmo quando não estão, acabam fazendo-o de uma forma ou de outra, afinal, têm um talento nato para serem explorados, sugados. A maioria das pessoas boas está nesse grupo, mas existem pessoas más aqui também.
Já posso imaginar o sacudir de cabeças discordando desse meu paradigma.
Mas você já respondeu aquela pergunta? Você é um doador ou um recebedor?

Gente, todo mundo recebe e dá, isso é claro, dependendo das circunstâncias e das pessoas com quem você lida. Mas o que quero dizer com recebedor e doador é o seguinte: existem pessoas que nem precisam se esforçar ou ralar muito pra ter as coisas, materiais ou não, normalmente diz-se delas: nasceu com a popa virada pra lua ou esse é muito sortudo mesmo, etc.

Por outro lado, existem outros, como eu, para quem NADA vem de bandeja, NADA! Tudo é muito sacrificado, difícil, no entanto mais saboreado quando é, finalmente, recebido.

O primeiro é o recebedor e esse último o doador.

Peixes ascendente em gêmeos

Vontade de poetar

Quem sou eu?
Sou murta, sou mirra, sou menta
Sou quente, sou morna, sou tépida
Sou suspiro, sou brisa, sou vento
Sou inquieta, sou estressada, sou lépida
Sou lúdica, sou lírica, sou momento
Sou fácil, sou difícil, sou cética
Sou amarga, sou doce, sou lamento
Sou positiva, sou pessimista, sou cármica
Sou dúvida, sou certeza, sou encimesmamento
Sou segura, sou titubeante, sou dramática
Sou empolgada, sou animada, sou sofrimento
Eu sou quem?
Dentre os extremos, eu sou as duas pontas e o meio
Sou o zero e o cem, mas também sou o cinqüenta
Ninguém é tudo, assim como ninguém é nulidade
Todos são tudo e nada, na intersecção dessa fronteira
E eu sou quem preciso ser no momento
Mas nada impede que, daqui a pouco, eu esteja na outra beira
Sou um ser língua, em constante movimento
Inventando moda, palavras novas, um novo imbrincamento
Peixe literário, meu meio é o papel
Nesse mar nado com certa desenvoltura
Embora, na verdade, sendo dolfim
Vez por outra vou à superfície respirar um pouco de mim.
Sou quem, eu?
Sou assim mesmo, nem muito certa, nem toda errada
Nem muito genial, tampouco estúpida
Eu sou a massa unindo o gênio e o simplório
Sou as pontas, sou o meio
Se você ainda não me entendeu

Diga logo a que veio...

domingo, 4 de julho de 2010

Os perigos do comodismo

Conta-se que, numa cidadezinha de interior, havia um homem com seu velho cão. Todas as tardes os dois sentavam-se na varanda da casa velha da fazenda e muitas pessoas passavam por lá para cumprimentar o homem e tirar um dedo de prosa. Um velho amigo do homem sempre passava no final da tarde para cumprimentá-lo e enquanto os dois proseavam, o cachorro, sentado ao lado da cadeira de balanço do dono, ficava inquieto, resmungando, ganindo baixinho.

Certo dia, já encafifado com aquela atitude do cão, o velho amigo do homem lhe perguntou?

- O que tem seu cão que parece sempre sofrendo?

O homem respondeu:

- Ah, não é nada não. É que ele sempre senta neste mesmo lugar há tempos, exatamente onde tem a ponta de um prego. Isso o incomoda e por isso ele resmunga.

O amigo, surpreso, devolve:

- Mas se lhe incomoda tanto, então por que ele não saí daí e senta em outro lugar?

Ao que o homem respondeu:

- CERTAMENTE PORQUE NÃO LHE INCOMODA O SUFICIENTE!

E você? (também faço essa pergunta a mim mesma aqui) É igual ao velho cão?
Há quanto tempo agüenta uma situação sobre a qual não pára de reclamar com os amigos, familiares, com Deus, no entanto não faz nada para aliviar este incômodo, não se mexe?
Por acaso você acha que de tanto reclamar o incômodo vai desaparecer como que por encanto?
Ou é porque te incomoda mas nem tanto? Não o suficiente para você iniciar uma AÇÃO????

SE VOCÊ SEMPRE FIZER A MESMA COISA (OU, NESSE CASO, SE NÃO FIZER NADA), SÓ VAI CONSEGUIR O MESMO RESULTADO DE SEMPRE!

Muitas vezes a gente se revolta contra Deus porque coisas ruins se abatem sobre nós de repente. Mas esta é uma das maneiras de Deus fazer com que o prego incomode o bastante para você, finalmente, se levantar e dar um basta naquela situação, tomar uma atitude, uma AÇÃO!

Ser autêntico... ah, agradar a gregos e troianos...

Autenticidade leva a dois extremos: ou te vão odiar, ou te vão amar. O interessante é que quando não somos autênticos esses dois extremos também se manifestam, porque NINGUÉM consegue ser uma unanimidade.
Pelo menos, ao ser autêntico, está-se agradando a pessoa que mais interessa: VOCÊ!
A coisa mais difícil de se conseguir é ser você mesmo: as pessoas estão sempre esperando que sejamos algo que não somos e nós, na esperança eterna de sermos aceitos, acabamos tentando ser o que as pessoas esperam que sejamos.
No final, nem somos nós mesmos, nem o que as pessoas esperam que sejamos: acabamos sendo um arremedo de quem somos.
Como disse Ralph Waldo Emerson, escritor americano:
“Sê tu mesmo neste mundo que está constantemente a tentar fazer de ti outra coisa. Será a tua maior realização. “